Com o objetivo de valorizar o trabalho das famílias acolhedoras e incentivar a adesão de novos participantes, o Juiz de Direito da Comarca de Ibirubá, João Gilberto Engelmann, o Promotor de Justiça Arthur Moreno e o Defensor Público Victor Hugo Machado realizaram, no dia 18/6, visitas aos lares que integram o Projeto Famílias Acolhedoras na Comarca de Ibirubá.
Atualmente, a comarca conta com três famílias acolhedoras cadastradas, duas das quais estão, neste momento, com crianças sob seus cuidados. A iniciativa busca fortalecer a rede de proteção às crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, oferecendo a eles um ambiente familiar, afetuoso e seguro durante o período em que estão afastados de seus lares de origem por decisão judicial.
A visita faz parte de uma ação conjunta entre as instituições da comarca para promover o engajamento da comunidade e ampliar o número de famílias participantes. “Foi uma ideia que o Ministério Público, a Defensoria Pública e eu tivemos para fortalecer o projeto e estimular novos cadastros. Queremos valorizar quem já faz parte e mostrar à sociedade o quanto esse gesto é importante”, explicou o Juiz João Engelmann. Segundo ele, o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública também têm se colocado à disposição para prestar esclarecimentos e auxiliar tanto os participantes já cadastrados quanto os potenciais novos acolhedores.
De acordo com o magistrado, o município não dispõe de casas de acolhimento institucional, o que, até então, exigia o encaminhamento das crianças para cidades vizinhas, como Lagoa Vermelha. Nesse contexto, o projeto permite que os menores permaneçam em Ibirubá, inseridos na comunidade e integrados à rotina familiar. “Dentro do sistema de proteção das crianças e adolescentes, o trabalho das famílias acolhedoras expressa carinho, atenção e cuidado. É uma função especial, vocacionada e, sobretudo, fundamental para mantermos essas crianças protegidas no local em que nasceram”, destacou o magistrado.
Ele também explicou que as famílias acolhedoras recebem uma ajuda de custo equivalente a um salário mínimo por criança, conforme regulamentação do Tribunal de Justiça do Estado. Além disso, o projeto conta com o apoio de assistentes sociais e psicólogos do município, que atuam na divulgação e orientação às famílias interessadas.
Durante a visita, cada uma das famílias acolhedoras estava responsável por duas crianças, proporcionando cuidado, proteção e afeto em um momento delicado de suas vidas. O Defensor Público Victor Hugo Machado destacou o impacto positivo da iniciativa: “Em vez da institucionalização, essas famílias oferecem amor e carinho, fundamentais durante esse processo tão sensível”.
O Promotor de Justiça Arthur Moreno também enfatizou a relevância do projeto: “As famílias acolhedoras realizam um trabalho essencial para a sociedade de Ibirubá. O mais importante é o amor e o acolhimento que oferecem às nossas crianças e adolescentes”.
Projeto Famílias Acolhedoras
O Projeto Famílias Acolhedoras é uma alternativa à institucionalização prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e tem como objetivo garantir que crianças afastadas judicialmente de seus lares possam permanecer em ambiente familiar até que sua situação seja regularizada. A iniciativa reforça o compromisso do sistema de Justiça com a proteção integral da infância e juventude, e busca sensibilizar mais famílias a se tornarem parte dessa rede de cuidado, proteção e solidariedade.
Créditos: Divulgação DICOM/TJRS
Na Foto: Da esq. para a dir.: Promotor de Justiça Arthur Moreno, casal acolhedor, Juiz João Gilberto, Secretaria de Assistência Social Ana Salete Spengler. Na frente: Fábio Cocco (assistente social) e Victor Hugo Machado (Defensor Público)
