A trajetória de Tamara Dressler na política começou cedo. Aos 18 anos, ela disputou sua primeira eleição e conquistou 121 votos. Dez anos depois, aos 28, a administradora entrou para a história como a mulher mais votada do legislativo de Quinze de Novembro, com expressivos 341 votos. Atualmente, Tamara preside a Câmara de Vereadores e segue determinada, fortalecendo sua atuação política.
Conversamos com Tamara sobre sua trajetória, desafios, conquistas e expectativas para o futuro. Confira a entrevista:
Quem é Tamara Dressler? Como você se descreve para aqueles que ainda não te conhecem?
Sou uma pessoa simples, que gosta de conversar e conviver com as pessoas.
Você iniciou sua trajetória política muito jovem. O que te motivou a entrar na política aos 18 anos?
Desde pequena, com apenas 8 anos, já vivia a política dentro do estabelecimento dos meus pais, Ari (in memoriam) e Neca, proprietários do Bar 31. Comecei a tomar gosto e a me envolver mais, acompanhando os candidatos em comícios, sempre ao lado da minha mãe. Desde essa época, eu dizia para as pessoas que um dia seria candidata a vereadora.
Aos 16 anos, após a eleição de Gustavo Stolte como o vereador mais votado da história do município, eu ajudava no bar dos meus pais enquanto cursava o ensino médio. Foi nessa época que recebi um convite do Guto para ser estagiária da Câmara de Vereadores pelo CIEE, uma oportunidade que aceitei com muita alegria. Esse foi meu primeiro emprego e uma experiência valiosa, pois participei de todas as sessões da Câmara, incluindo as interiorizadas e os trabalhos internos.
Aos 18 anos, me lancei candidata a vereadora e obtive 121 votos, ficando na suplência. Sabia que seria um desafio, por ser tão jovem e ainda sem grande visibilidade pública. Mas isso não me desmotivou. Saí de cabeça erguida, pois sabia o quanto aquela caminhada política foi importante para mim.
No início do ano seguinte, assumi como vereadora após a saída de Alexandre Budke para o Departamento de Obras, permanecendo na Câmara por dois anos. Depois, recebi um convite do prefeito Guto e do vice Paulo Prante para integrar a equipe da Administração Municipal no Departamento de Saúde, como diretora de Programas de Saúde. Fiquei na função por quase um ano e meio, auxiliando na gestão da UBS e mantendo contato direto com a comunidade.
Na eleição seguinte, concorri novamente e fui eleita com 207 votos. Desde minha primeira candidatura, nunca parei de trabalhar e atender a comunidade.
Quinze de Novembro tem uma história política consolidada. Como foi para você se destacar nesse cenário e alcançar o recorde de votos para uma mulher no legislativo municipal?
Acredito que minha atuação na área da saúde me deu grande visibilidade. Além disso, sou uma pessoa bastante comunicativa, crio laços facilmente e tenho um vasto ciclo de amizades. Mas, sem dúvida, esse resultado é fruto de muito trabalho e dedicação, sempre estando disponível para a comunidade.
Quais foram os maiores desafios que enfrentou ao longo desses anos e como lidou com eles?
Passei por vários desafios, mas um dos mais difíceis foi lidar com um problema de saúde em minha família enquanto estava envolvida na campanha eleitoral. Foi um momento delicado, mas tive o apoio de muitos amigos, colegas e da minha família.
Outro grande desafio foi assumir como diretora da Unidade Básica de Saúde, pois a função foi criada na época e precisei aprender muito, tanto com a equipe de saúde quanto com a comunidade que acessava os serviços.
O que os eleitores podem esperar de você nessa nova fase da sua trajetória?
Uma vereadora atuante, dedicada e acessível, sempre pronta para ouvir a comunidade e lutar pelos direitos dos cidadãos. Todo poder emana do povo, e são as pessoas que confiaram em mim esse mandato. Meu compromisso é com elas.
Deixe uma mensagem para as mulheres que sonham em ocupar espaços de liderança, seja na política ou em outras áreas.
Quero dizer a todas as mulheres que temos capacidade de buscar e conquistar nossos sonhos. Não fomos feitas para pouco e nem para sermos submissas. Devemos trabalhar, acreditar em nosso potencial e lutar por aquilo que queremos. Eu escolhi a política, e você?

