A Justiça do Rio Grande do Sul suspendeu a inauguração de um santuário dedicado a Lúcifer em Gravataí, prevista para esta terça-feira (13). A decisão, proferida pela 4ª Vara Cível, atendeu a um pedido da prefeitura da cidade devido à ausência de licenças necessárias para o funcionamento e ao fato de o santuário ainda não ter um CNPJ. A multa diária de R$ 50 mil foi estabelecida para garantir o cumprimento da determinação até que a regularização administrativa seja concluída.

Além das questões burocráticas, a decisão judicial também levou em conta preocupações com a segurança. A localização do santuário, em uma área isolada e sem infraestrutura adequada, somada à notoriedade do projeto, levantou temores de que pudesse atrair um grande público sem as devidas condições de segurança. A decisão da Justiça visa prevenir possíveis situações de risco e garantir a assistência necessária por parte do Poder Público.

O santuário está sendo construído pela Nova Ordem de Lúcifer na Terra, uma organização religiosa com cerca de 100 membros, dedicada ao estudo e prática de rituais com entidades consideradas demoníacas pela visão tradicional cristã. A estrutura contará com uma estátua de Lúcifer de mais de 5 metros de altura. A ordem foi criada para promover a evolução espiritual e a prática de uma filosofia que desafia as convenções religiosas tradicionais.

O projeto gerou polêmica nas redes sociais, com reações divididas entre apoio à diversidade religiosa e críticas associando-o ao culto ao demônio. A Nova Ordem defende que o santuário busca ressignificar Lúcifer como um símbolo de luz e autoconhecimento, promovendo valores de honra e respeito. A prefeitura de Gravataí, por sua vez, alegou desconhecimento do projeto e negou qualquer apoio financeiro à iniciativa.

Resumo feito matéria UOL

Imagem: Rede social