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“Agosto Lilás”: Conscientização e Ação no Combate à violência contra a mulher
Editora da Revista Viral Apresentadora do Programa Em Foco na Rádio CBS FM e integrante da equipe de jornalismo da Rádio. Assessora de comunicação da Coopeagri Produtora de Conteúdo Digital

O Agosto Lilás é uma campanha estabelecida pelo governo federal, transformando o mês de agosto em um período dedicado à conscientização e combate à violência contra a mulher. A escolha deste mês se deu pela sanção da Lei Maria da Penha (Lei Federal nº 11.340/ 2006), assinada no dia 7 de agosto, uma referência fundamental no enfrentamento da violência doméstica no Brasil. A campanha visa sensibilizar e informar a população sobre a identificação de situações de violência e os canais disponíveis para denúncias, promovendo uma rede de apoio e proteção para as vítimas.

A campanha do Agosto Lilás se destaca pela promoção de eventos e debates em todo o país, envolvendo agentes públicos e meios de comunicação para divulgar informações vitais sobre os tipos de violência — física, sexual, psicológica, moral e patrimonial. Além disso, enfatiza a importância de medidas de prevenção e suporte, como o Ligue 180, aplicativo Direitos Humanos Brasil, e a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos. Essas iniciativas são essenciais para reduzir os índices de violência contra a mulher no Brasil.

No município de Ibirubá, a campanha ganha força ao fomentar debates, rodas de conversa, formações e ações em redes sociais e espaços públicos, que estão acontecendo durante todo o mês, com o objetivo de fortalecer a rede de proteção, incentivar denúncias e aproximar serviços das mulheres por meio de iniciativas como o Projeto Assistência nos Bairros, que ocorrerá de 18 a 30 de agosto. Durante essas ações, equipes técnicas estarão nos bairros oferecendo atendimentos, orientações sobre a rede de acolhimento e encaminhamentos, além de distribuir materiais informativos e conscientizar sobre os canais de denúncia.

A violência contra a mulher, em qualquer forma, é uma questão social — não individual. “Se você sofre, ou conhece alguém que sofra violência, não se cale. Procure ajuda. Acione a rede de proteção.” Reforça a Secretária da Assistência Social, Lia Denise Tiemann.

A atuação da assistência social, por meio do CRAS, está integrada a uma rede de proteção que envolve saúde, segurança pública, educação e o Judiciário, com protocolos de encaminhamento, atendimento especializado e acompanhamento psicológico para garantir acolhimento eficaz às mulheres em situação de violência.

Dados alarmantes no Rio Grande do Sul em 2025:

Janeiro a junho de 2025: foram registrados 36 feminicídios e 134 tentativas no Rio Grande do Sul. Em comparação com o primeiro semestre de 2024 (30 feminicídios e 115 tentativas), isso representa um crescimento preocupante.

Primeiro semestre de 2025: enquanto os homicídios dolosos caíram, os feminicídios aumentaram de 30 para 36 casos.

Abril de 2025 teve um salto dramático: foram 11 feminicídios em abril, contra apenas 1 registrado no mesmo mês de 2024 — um aumento de 1000%. No acumulado de janeiro a abril de 2025, registraram-se 27 vítimas, ante 25 no mesmo período em 2024 (alta de 8%).

Estimativa nacional: no país, uma média de quatro mulheres morrem por dia vítimas de feminicídio, conforme dados do Mapa da Segurança Pública de 2025.

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