Homem de 42 anos apresentou sintomas leves e está em acompanhamento; outros três casos são investigados no estado
A Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre confirmou, nesta quarta-feira (8), o primeiro caso de intoxicação por metanol no Rio Grande do Sul relacionado ao consumo de bebida destilada. Outros três casos suspeitos — em moradores de Porto Alegre, Novo Hamburgo e Passo Fundo — seguem sob investigação pela Secretaria Estadual da Saúde.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Fernando Ritter, o paciente é um homem de 42 anos que relatou ter consumido caipirinhas com vodka em um bar de São Paulo. O consumo ocorreu no dia 26 de setembro, e quatro dias depois, em 30 de setembro, ele precisou ser internado no Hospital São Lucas da PUCRS, em Porto Alegre. O paciente já recebeu alta e se recupera bem.
Conforme a pasta, os primeiros sintomas surgiram entre 12 e 24 horas após a ingestão da bebida. O homem apresentou febre, dor abdominal, dor de cabeça, visão turva e alteração na percepção das cores. Ele segue sendo monitorado pela Vigilância em Saúde da Capital, com suporte do Centro de Informação Toxicológica (CIT).
Exames laboratoriais confirmaram a presença de metanol no sangue, e o caso foi comunicado ao Ministério da Saúde.
O metanol, também conhecido como álcool metílico, é utilizado em produtos industriais, como solventes e combustíveis, e não é seguro para consumo humano. Quando ingerido, o fígado o transforma em substâncias altamente tóxicas que podem danificar o sistema nervoso, o cérebro, o nervo óptico e causar cegueira, coma ou morte. Em alguns casos, há também comprometimento dos rins e dos pulmões.
De acordo com o Ministério da Saúde, até o momento foram confirmados 24 casos de intoxicação por metanol no Brasil, com 259 notificações relacionadas ao consumo de bebidas adulteradas. Duas mortes já foram confirmadas em São Paulo, e outras 12 ainda estão sob investigação.
📍 A Vigilância em Saúde reforça o alerta para que a população evite consumir bebidas de procedência duvidosa e verifique sempre se o produto possui registro e selo de controle fiscal.
(Fonte G1, foto meramente ilustrativa – internet)
